24 de julho de 2009




reparem na placa azul, é para lá que vou

Last words

Este blog nasceu para responder a várias necessidades. Para dar a conhecer a minha aventura neste país e para eu ter um espaço onde pudesse escrever. Como a aventura vai terminar, o blog também. Assim sendo, não volto para aqui, perguntoEu, já não faz sentido.

Começo aqui, Tudo de Novo de Novo.

A todos aqueles que seguiram este blog, nos 6 meses de sua vida, um beijo grande. Foi com vocês e para vocês que o fiz. Acho que nos divertimos juntos. Fico feliz ao reler cada post do blog. Como não gosto de despedidas fica um até já.

Tenho andado por aqui

22 de julho de 2009

4 dias para regressar a casa

Não me apetece nada começar a escrever posts carregados de frases saudosistas e tentar descrever a experiência de 6 meses no Brasil. Podia até fazer o esforço, como exercício teórico, mas como é que se descreve cheiros, sabores, sensações, vivências, memórias... Como se descreve uma cultura, o desafio dos dias, a coragem, o esforço diário de aproveitar para crescer, apreender, aceitar, questionar?
Vontade? ficar mais 6 meses. Numa outra cidade, claro.
Vontade? querer conhecer mais, viajar mais.
Futuro? Muito incerto

17 de julho de 2009

Question

Como é que vou conseguir colocar tudo dentro das malas???

16 de julho de 2009

Estou assim

Hoje estou um pouco piegas, meia stressada, com vontade de mandar determinadas pessoas para um lugar feio, com vontade de dançar e com música brasileira na cabeça.

Ainda tenho um jantar de despedida, malas para arrumar, uma viagem para fazer antes de regressar a Portugal. De manhã tive frio, a meio do dia calor. Hoje chamaram-me de "branquinha". (queriam o que, com este inverno do Brasil, um bronze estilo Paulo Portas?)

Fala sério!

14 de julho de 2009

Nada que uns fones não resolvam

Perguntavam-me no outro dia, se onde moro é tranquilo, se se ouve os vizinhos, se é muito agitado o movimento no prédio. Respondi, que tirando uma vez, em que o casal da frente resolveu discutir no Hall dos elevadores (e a discussão foi brava, com choro, berros e gritos), é super tranquilo. Nunca ouvi barulho nenhum.
Pois nessa precisa noite, em que respondi que nunca tinha ouvido barulho nenhum de especial, acordo com uma senhora aos berros, aflita.
Naqueles segundos em que o cérebro ainda esta meio a dormir e meio acordado a percepção que tive foi de que alguém, de espécie feminina, precisava de ajuda. Claro que a minha solidariedade feminina, fez com que me aprontasse a levantar para socorrer a criatura que berrava.
Quando estou já para sair da cama, e quando o Tico e o Teco também decidiram acordar, faço atenção aos berros e... espera lá, isto não são berros de alguém a precisar de ajuda. Isto é mais do género,” meu Deus que noite louca que estou a ter”.
Ok. Sandra. Volta-te a deitar porque quem berra assim não deve querer ser incomodado. Pois.
Mas eu deito-me e os berros continuavam... aaaaaaaiiiiii (berrava ela)
Eu coloco uma almofada em cima da cabeça. Aaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii (continuava a mulher)
Mais uma almofada em cima da cabeça. aiiii, aiaiiii, aaaaaaiiiiiiii.
Assim não dá! Pela Santa Aparecida. Não há solidariedade feminina que aguente. E a mulher continuava. AIAAAAAAIIIIIRRRRRR.
Eu em desespero procurava os meus fones, lá os encontrei perdidos no meio da cama. Coloco um, depois o outro. Assunto resolvido.

11 de julho de 2009

fruta, iogurtes e amor

Lista de compras:

  • Fruta
  • iogurtes
  • amor (de embalagem fácil de abrir)

De regresso do super mercado, tenho fruta, os iogurtes, aproveitei e comprei uns vernizes, paguei a conta da luz e não resisti ao pão de queijo. Amor de embalagem fácil de abrir, não encontrei.

9 de julho de 2009

Maneira de dizer

Acho piada à maneira de os brasileiros dizerem as coisas.

Artigo de domingo do Estado de São Paulo
Titulo: "as economias europeias vão recuperar a estabilidade?"

“... a situação piorou quando o governo checo foi reprovado numa moção de desconfiança na metade dos seus 6 meses de presidência da União Europeia, o que fez da Comissão Europeia um conjunto de patos mancos.”
detesto que me façam perder tempo.

8 de julho de 2009

São Paulo de cima



São Paulo em acção


São Paulo ao fim do dia



4 de julho de 2009

Combate engenhoso

Para combater a sonegação o estado de São Paulo colocou em acção há mais de um ano e meio um programa, no mínimo engenhoso. Só para terem uma noção, este programa já arrecadou mais de 800 Milhões de reais. O grande trunfo do programa é transformar milhões de consumidores em “fiscais da Fazenda paulista. Mais à frente explico como.
O estado promove sorteios mensais, com prémio em dinheiro que vão de 10R, 100R (os mais comuns) a prémios de 200 000 R, 800 000 R. Têm uma campanha intensiva na televisão e na rádio. Até hoje o estado de São Paulo já distribuiu 1 bilhão de reais em restituições e prémios.
A nota fiscal deveria ser exigida para que os tributos fossem pagos e assim, o governo aplicaria em escolas, hospitais, estradas, melhorias na qualidade de vida, etc. Embora correcta a intenção, este apelo a uma sociedade melhor para todos, não teve efeito e mostrou-se inócua, num pais com tradição de descalabros feitos com o dinheiro público. A recompensa em dinheiro da Nota Fiscal Paulista criou o que os economistas chamam de “alinhamento de interesses”, o interesse individual é usado para ajudar a sociedade como um todo.
Para participar no programa os consumidores têm que fazer duas coisas:
1ª) exigir a nota fiscal com o seu CPF. (o nosso NIF)
2ª) inscrever-se no site da Fazenda para acompanhar o extracto dos créditos obtidos em cada compra.
O engenhoso da “coisa” reside neste ponto. Ao fazer o acompanhamento digital das notas, para restituir créditos ou para troca-las por cupões para participar nos sorteios, os consumidores verificam se os estabelecimentos estão de facto a enviar, ou não, as notas à Fazenda.
Ao fazer o cruzamento de dados fiscais informados pelo varejo com as reclamações dos consumidores o governo colocou em marcha um mecanismo de antissonegação. Engenhoso, não?!

3 de julho de 2009

Conversa de hoje com a Nokas

Nokas: Sandra, só faltam 23 dias pra chegares.
Sandra: eu sei. CALA-TE.
Nokas: por mim estou super contente de faltar tão pouco. Mas olha, não estás a viver um misto de cenas?!
Sandra: .....


Ps- Nokas é a minha irmã, que pelos vistos andou a fazer-se de minha admiradora secreta.

Ataques

Uma vez por outra sou assolada por ataques de soluços que me deixam de rastos. Tudo começa com um pequeno soluço que depois vai aumentando de intensidade e consigo ficar nisto muitooooo tempo, mesmo! Lembro-me de um ataque de soluços que tive na Figueira da Foz, numa noite de S. João, onde ouvi todas as dicas para acabar com os soluços e garanto-vos que nenhuma delas funciona comigo. Já experimentei quase tudo. (no outro dia li num blog de alguém que para acabar com os soluços nada melhor que sexo... não estou a ver muito bem como é que uma coisa resolve a outra, como nunca experimentei, não posso negar à partida uma ciência que desconheço, mas a imagem que me vem à cabeça não é muito animadora!)
Hoje depois de um cigarro na varanda de casa, quando regresso para a sala, tenho um ataque de soluços digno de registo. Um, outro e mais outro... e o peito começa a doer de tanto soluço. O meu colega de casa, rapaz cuidadoso e preocupado decide ajudar-me. Como? Pregando-me um susto de morte. A minha sorte foi estar sentada, porque se não tinha caído para o lado tísica. Ter um ataque de soluços já é mau, mas um ataque de coração estou a dispensar. Ok?

1 de julho de 2009

Só de sacanagem

"Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta a prova? Por quantas provas terá ela que passar?Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. 'Não roubarás!', 'Devolva o lápis do coleguinha', 'Esse apontador não é seu, minha filha'. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar! Até habeas corpus preventiva, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará! Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem!Dirão: 'Deixe de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!E eu vou dizer: 'Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.' Vamo pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambal.Dirão: 'É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal!'E eu direi: 'Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quizer, vai dar pra mudar o final!"
Devia enviar este texto ao meu senhorio, que me pediu por uma semana três vezes mais do que num hotel de 5 estrelas.

30 de junho de 2009

alguém explica

397g??

Chopp


Flores anónimas


26 de junho de 2009

Cheiros, hormonas e açucar

Ontem o dia não foi muito bom, porque chovia, porque o café não ajudou a dor de cabeça a passar e porque as minhas hormonas estavam ao rubro, como quem diz, completamente descontroladas. O que implica que o meu olfacto se apure. Tudo cheira 50 vezes mais do que o normal. Qualquer cheiro fica pesado e leva-me a uma agonia constante. NÃO, NÃO estou grávida! Isto acontece-me ao longo dos anos. Para terem uma ideia, nem o meu próprio perfume aguento. Continuando.
Como o dia estava a ser difícil, nada melhor que entrar numa pastelaria e encher-me de doces. Açúcar para a menina. Sem qualquer sentimento de culpa, sem pensar nas consequências. Comer todos os bolos que me apetecesse, era o objectivo. Chego ao balcão da secção dos doces e escolho um empregado para sacrificar. Porque? Porque começo numa ponta da vitrine a perguntar o nome de todos os bolos e de que é que são feitos. Sim. Já que me vou empanturrar em açúcar, ao menos que haja algum critério de selecção. Começo. “Como se chama esse?” e “o que leva esse?” e “e esse?” “ e esse?” O moço chega a um ponto em que já não me consegue acompanhar e chama a responsável da pastelaria. Vem uma senhora super simpática com um chapéu de cozinheiro enfiado na cabeça e fica ela responsável de me responder sobre todos os bolos que estavam na vitrine. Então chegamos a uma secção de bolos com um aspecto um pouco duvidoso e ela esclarece que esses eram os bolos de Tentúgal. E eu, “Tentúgal?!” não se pareciam nada com os bolos de Tentúgal, acreditem. Mesmo ao lado estavam os bolos de Sta. Clara. Eu já me ria. Voltava a boa disposição. Aponto para os que estavam ao lado dos bolos de Sta. Clara e a senhora de chapéu engraçado e super simpática responde, “esses são os bolos de Coimbra.” “Coimbra?” respondo eu. “Eu sou de Coimbra! nasci e estudei em Coimbra e nunca vi nada parecido com esses bolos.” A senhora desatou a rir. Ria-mos as duas. Ela disse-me que eram os preferidos dela. Acabei por escolher um pastel de nata (não se pareciam aos nossos, mas como me garantiu que eram feitos de leite condensado, na altura pareceu-me uma bela opção. Paguei e sai da pastelaria com o bolo na mão. Ok. Vamos lá então à primeira dentada. Urrrrrrr... Nooooooossaaaaaaaa!! O pastel sabia-me a sabão.(mais uma vez as hormonas a funcionar) Puta que pariu. Eu que só queria açúcar. Agarrei no pastel e lixo com ele. Devia ter escolhido os de Coimbra, pensei.
Chegou a hora de jantar e como não tinha apetite (mais uma vez repito, que não, não estou grávida), optei por ir ao cinema. Fui ver (aqui traduziram para Minhas Adoráveis Ex-namoradas), versão original, The Ghosts of Girlfriends Past. Recomendo a muito boa gente, especialmente ao universo masculino.
O fim do filme é super previsível e lamechas, mas a historia acaba por ser interessante de tão comum que é. Eu já vi e levei o recado para casa.
Mais um café depois do cinema e finalmente a dor de cabeça passou. Dormi que nem um anjinho papudo!!

30 dias

Faltam 30 dias para acabar a minha aventura no Brasil. Não foi um bom dia, hoje!

25 de junho de 2009

Dia bom

Hoje o dia foi bom. De Portugal soube que avó Rosa está a recuperar bem e já falta pouco para sair do hospital (beijinho muito grande para ti, avó!), soube também de uma noticia muito boa de uma amiga (fico feliz de teres partilhado comigo... e desejo as maiores felicidades!!). No trabalho, consegui finalmente terminar a saga com a Telefónica e em princípio tenho o problema resolvido e no meio disto tudo tenho uma imagem na cabeça. Uma bebe linda na paragem de onibus, mamava no peito da mãe, só conseguia deslumbrar um olhito lindo da criança da cor dos brasileiros. Olhei para ela, e ela fixou nos meus olhos, sorriu. Não lhe via os lábios, mas o seu olho rasgava um sorriso lindo. Não tinha câmara fotográfica para registar o momento, ficou gravado naquele sítio, onde colocamos as lembranças boas.

22 de junho de 2009

Visita em São José






pois tá claro!

20 de junho de 2009

o que é isto?

Depois de uma semana agitada no trabalho, nada melhor que aproveitar o resto do sol e ir até à costa contemplar o mar. Dou comigo a fazer uma viagem de uma hora só para poder ir cheirar a imensidão do mar. Enquanto passo pelos montes verdes deste Brasil dou comigo numa nostalgia irritante. Será que vai ser a ultima vez que por aqui passo, pergunto-me. Baixo o vidro para poder respirar o cheirinho bom da terra acabada de ser mexida, sinto a brisa suave que me aquece o corpo e sinto saudades de tudo o que já vivi aqui no Brasil. Huuummm... Não sei não, falta um mês e seis dias para ir embora e já começo a sentir falta de tudo o que já vivi aqui. Tenho que perguntar ao meu gestor, Várzea, se o seguro da Aicep cobre psicanálise, daquelas com direito a drogas duras para ficar completamente anestesiada e não sentir falta de uma coisa que ainda nem acabou.

de seu nome Maria




A Maria nasceu quase há dois meses. Ainda não a conheci pessoalmente, mas quero muito sentir o cheirinho da Maria rapidamente. Ainda não a conheço e sinto um amor enorme por esta bebe linda. Esta tia emprestada está com muita vontade de te conhecer, minha linda... já só falta um bocadinho. Entretanto, obrigada Nini e Óscar pelo presente que recebi aqui em São José.

15 de junho de 2009

parada GAY em são paulo