5 de maio de 2009

Mais um dia em São José

Os dias em São José dos Campos têm sempre uma aventura para contar!
Ontem acordei, fui apanhar o meu ónibus, que demora sempre uma meia hora a chegar, mas tudo bem... estou com os meus phones a ouvir uma música e o tempo passa depressa, converso com a senhora que se senta ao meu lado na paragem, tranquilo. O sol começa a aquecer o dia, tiro o casaco e fico de top. Mais uma caminhada até chegar ao escritório, ligo o ar condicionado e a temperatura fica suportável.
O dia passa, chega a hora de ir embora. Arrumo as minhas coisas, mochila nas costas e lá vou eu fazer o mesmo percurso de manhã, só que agora em sentido inverso. Chego à porta e..... começa a cair uma chuvada, mas uma coisa incrível, depois vem a trovoada. Já sabem que eu não gosto nada de trovoada, mas desta vez os relâmpagos estavam a cair no terreno da Universidade onde fica o escritório da Critical. Olhava para o céu e via mesmo em cima de mim a descarga eléctrica a rasgar o céu escuro. O barulho dos trovões... ok, o mundo vai acabar agora. Começou a cheirar a queimado... só pensava, Não quero nada estar aqui!!
Nisto começa a cair bolinhas de GELO! Em segundos a universidade fica toda branquinha, cheia de bolinhas de gelo. Eheheh Estou no BRASIL e esta a cair gelo! Incrível!!
Dei uma corrida até à portaria e pedi aos seguranças que me chamassem um táxi, era impossível fazer a viagem de ónibus, só para chegar à paragem iria ficar toda encharcada (aqui no Brasil não se pode dizer molhada). Estou à espera que façam a chamada, quando um deles pergunta para onde vou e diz que me leva. Huumm.. apanhar carona com dois brasileiros no meio desta tempestade? O carro era da Universidade, os senhores pareciam ser simpáticos e não tinham cara de assassinos, nem psicopatas...ai... ok. Vamos lá. Peguei no telemóvel e levei-o na mão (do género, se me acontecer alguma coisa posso sempre telefonar para alguém...) e lá fui eu com o Jony e o Haerson. Bem, os dois brasileiros foram uma simpatia, começamos a conversar sobre a tempestade, sobre o meu sotaque, e num instante estava à porta de casa. “Muito obrigada por me salvarem desta tempestade, Jonny e Haerson!!”
Mais um dia em São José.

6 comentários:

cmsr disse...

Ora fiquei curioso... Pq nao se pode dizer molhada? (eheheheheh)

Sandra Carvalho Rocha disse...

Porque é considerada uma expressão com teor sexual.
esclarecido?
ehehhe

cmsr disse...

Do alto da minha santa Inocência... Completamente!!!

Anónimo disse...

Pois ...pois .. faltam as fotos da trovoada.... assim fica só a recordação como naquela noite à janela da sala em que a casa tremeu...compreendo o teu problema com a trovoada.
Beijinhos para a minha Xaninha

Anónimo disse...

XANINHA

Mais uma dica.....
Para os registos fotográficos e não só, é bom pensar nisto.....

Um carro é um local seguro. Mas é uma segurança relativa. Se conduzires em direcção a uma trovoada obviamente estás a correr alguns riscos que não corres se fugires dela ou se fores para um edifício. Raios, granizo, precipitação intensa ou objectos atirados pelo vento entre outros. Quando se diz que é seguro é em termos de morreres electrocutada se por acaso cair um raio no carro, isso não acontece devido à Gaiola de Faraday (e não devido aos pneus como diz a sabedoria popular). Na falta de abrigo num edifício, o carro é o local mais seguro que existe. Mas há sempre riscos directos e indirectos (acidentes de viação,etc). Se cair um raio podes ficar cega e surda momentaneamente ou entrares em pânico, podendo acabar tudo num acidente devido a isso. Podes ser electrocutada se estiveres a tocar nalguma parte metálica no interior do carro ou usares equipamento de comunicações que utilize antenas exteriores (esse risco também é válido para quando estamos mesmo em casa). Uma descarga pode rebentar os pneus e até provocar um incêndio, muito raro mas pode acontecer. Mas de explosão do carro não existem registos de eventos desses devido à já referida Gaiola de Faraday.

Quando um storm chaser se dirige para uma trovoada deve saber o que está a fazer, deve ter acesso a imagens de satélite e radar recentes e deve conhecer bem a estrutura típica e dinâmica de uma célula e saber para onde ela se dirige, pois tem de evitar sempre a zona de precipitação e descargas intensas. Não sabendo o que se está a passar e aonde está ou não conseguindo avaliar convenientemente a situação com os dados que tem, corre sempre riscos desnecessários e conduzir numa estrada é normalmente um mau local para correr riscos.

No entusiasmo meteorológico e ânsia de obter registos nunca devemos esquecer a segurança. É válido mesmo para casa quando tiramos fotografias à janela.

Sandra Carvalho Rocha disse...

Papy do meu coração!!! Agora estou bem mais "tranquila". Valeu o esclarecimento.
Beijões da tua filhota!!!