31 de maio de 2009
a minha paixão
30 de maio de 2009
um sábado com febre
é o que dá ter febre...
29 de maio de 2009
sexta feira
Bela sexta feira a minha.. rodeada de lenços de papel, pastilhas para a garganta, leitinho com mel...
suporte de partituras
28 de maio de 2009
Curioso
Num dia cinzento, com sinais de gripe a percorrer-me o corpo, soube bem as palavras quentes de alguém a visitar um pais tão frio.
Não foi chazinho com mel e bolachinhas mas soube muito bem!
Outro Brasil
foto da Mafalda
Ir a São Paulo e levar um banho de civilização foi a melhor coisa que me aconteceu, digamos nos últimos...humm... 20 dias. Chegar a uma cidade que tem metro (independentemente de não abranger a cidade toda, a questão aqui, é que existe!), com pessoas que se vestem bem, bonitas, que conseguem ter uma conversa inteligente, que sabem onde fica Portugal e que não começam a contar anedotas sobre portugueses.
Depois são as exposições, os restaurantes, os teatros, as baladas... uma cidade agitada, que não dorme, que oferece tudo. As compras na Rua Augusta e na Óscar de Freire, porque a menina também merece um banhito de lojas!!
E depois a diversão!
Obrigada aos inovs dos Jardins que me acolheram (a mim e a tequila toda que bebi)!
22 de maio de 2009
porque nem sempre faz sol no Brasil
Aculturação II
Primeiro é engraçado perceber que somos diferentes, depois vem a fase das comparações, porque em Portugal não é assim, porque fazemos assado, porque dizemos de forma diferente, etc.
Logo a seguir vem a fase do espanto. Como é que é possível?!?! Mas esta fase não nos leva a lado nenhum. Sei por experiência própria. Não é fácil ultrapassar a fase do espanto, acreditem. Os dias vão passando e já sei que gastar energia a questionar o porque das coisas, ou a perguntar-me como é que é possível, não me leva a bom porto. Vem então a fase da aceitação. E é nesta fase que tudo se simplifica e complica ao mesmo tempo.
Simplifica, porque já sei que é preciso ter calma, porque já não me chateio, porque dou por adquirido de que aqui tudo tem um ritmo próprio. Não adianta reclamar, barafustar, é aceitar.
Complica, porque se quero algo resolvido, sei que vai demorar e com jeito nem se resolve.
Então... então há que aceitar as diferenças e incorporar o temperamento brasileiro.
Por exemplo:
Se perguntarem a um brasileiro se sabe onde fica determinada rua, ou local, ele vai sempre responder que sim. O curioso, é que mesmo que ele não saiba, nunca vai dizer que não. Vai dar sempre uma indicação, completamente convicto do que está a dizer, não importa se está correcta ou não. Este povo não gosta de dizer não.
Fica um sentimento misto, por um lado não se houve um não redondo, a vida fica mais bonita mais simpática, mas depois complica, porque vamos na direcção errada, porque ficamos sem resposta, porque o que queremos resolvido não fica.
Mas o mais engraçado, é como se absorve outra cultura, todos os dias, sem me aperceber, de forma subtil.
O resultado imediato é o meu português, esta cada vez mais “abrasileirado”, com expressões de cá, com gerúndios, com erros gramaticais que levariam as minhas professoras de português a carregar nas canetas vermelhas e a darem-me negativas, daquelas bem grandes.
Depois vem aquilo que não é mais evidente. No outro dia dou comigo a dar indicações a um brasileiro que me perguntava onde ficava um local. Sem saber ao certo onde ficava dei as indicações todas, mas com uma cara muito séria, de pessoa que estava completamente convicta do que dizia.
Coisa engraçada, isto de aculturação.
Aculturação
21 de maio de 2009
18 de maio de 2009
Vila Ema
13 de maio de 2009
Novidades
- Tentei 3 vezes comprar um candeeiro para o meu quarto, depois de pifar com 6 lâmpadas e de ficar um cheiro a queimado bem forte, o candeeiro transformou-se num avental de cozinha.
- A minha casa de banho foi invadida por um exército de formigas.
- Acabei de fazer um bolo de chocolate.
- Tenho a chefe na próxima semana aqui em São José dos Campos.
- O tempo está óptimo. O Outono deles tem a temperatura do nosso verão, e agora não chove.
- Acabei em cima do palco no meu ginásio a fazer uma aula de combat com a professora, que insistiu e insistiu que fosse lá para cima, e como a moça é bem grande (e super simpática!!) lá fui eu!
- Passa todas as semanas uma carrinha a fazer um barulho insurcedor pelo meu bairro que deita um pó branco que se espalha por todo o lado. Chama-se “carro fumaça” e o objectivo é de matar os mosquitos.
- O meu colega de casa, de seu nome Pedro, virou chef de culinária!
- Ainda não recebi nenhuma encomenda de Portugal, nem de lado nenhum!
- Fui ao cinema ver “Gran Torino” adorei, nacional (do Brasil) vi o Divã, adorei.
- Ando a ler “Ensaio sobre a cegueira”.
- O Ronaldo continua gordo mas a marcar golos, dizem que vai ser chamada à selecção.
8 de maio de 2009
descobri hoje
Não posso deixar que te leve O castigo da ausência,Vou ficar a esperar E vais ver-me lutar Para que esse mar não nos vença. Não posso pensar que esta noite Adormeço sozinho,Vou ficar a escrever, E talvez vá vencer O teu longo caminho.
6 de maio de 2009
Orgia com o dinheiro público e falta de vergonha na cara
Luiz Carlos Prates, jornalista, que faz várias crónicas nos jornais brasileiros. É conhecido pelos seus comentários entusiastas e pelos murros que dá na mesa. Confessa que até já chegou a partir uma mesa com os seus murros de indignação.
5 de maio de 2009
Mais um dia em São José
Ontem acordei, fui apanhar o meu ónibus, que demora sempre uma meia hora a chegar, mas tudo bem... estou com os meus phones a ouvir uma música e o tempo passa depressa, converso com a senhora que se senta ao meu lado na paragem, tranquilo. O sol começa a aquecer o dia, tiro o casaco e fico de top. Mais uma caminhada até chegar ao escritório, ligo o ar condicionado e a temperatura fica suportável.
O dia passa, chega a hora de ir embora. Arrumo as minhas coisas, mochila nas costas e lá vou eu fazer o mesmo percurso de manhã, só que agora em sentido inverso. Chego à porta e..... começa a cair uma chuvada, mas uma coisa incrível, depois vem a trovoada. Já sabem que eu não gosto nada de trovoada, mas desta vez os relâmpagos estavam a cair no terreno da Universidade onde fica o escritório da Critical. Olhava para o céu e via mesmo em cima de mim a descarga eléctrica a rasgar o céu escuro. O barulho dos trovões... ok, o mundo vai acabar agora. Começou a cheirar a queimado... só pensava, Não quero nada estar aqui!!
Nisto começa a cair bolinhas de GELO! Em segundos a universidade fica toda branquinha, cheia de bolinhas de gelo. Eheheh Estou no BRASIL e esta a cair gelo! Incrível!!
Dei uma corrida até à portaria e pedi aos seguranças que me chamassem um táxi, era impossível fazer a viagem de ónibus, só para chegar à paragem iria ficar toda encharcada (aqui no Brasil não se pode dizer molhada). Estou à espera que façam a chamada, quando um deles pergunta para onde vou e diz que me leva. Huumm.. apanhar carona com dois brasileiros no meio desta tempestade? O carro era da Universidade, os senhores pareciam ser simpáticos e não tinham cara de assassinos, nem psicopatas...ai... ok. Vamos lá. Peguei no telemóvel e levei-o na mão (do género, se me acontecer alguma coisa posso sempre telefonar para alguém...) e lá fui eu com o Jony e o Haerson. Bem, os dois brasileiros foram uma simpatia, começamos a conversar sobre a tempestade, sobre o meu sotaque, e num instante estava à porta de casa. “Muito obrigada por me salvarem desta tempestade, Jonny e Haerson!!”
Mais um dia em São José.
4 de maio de 2009
Chefs
Depois foi uma mistura a quatro mãos, de sabores, cheiros e cores. A cozinha cheia de tachos, panelas... a roupa ficou suja, o meu cabelo com farinha, o molho de tomate ganhou vida própria e espalhou-se por todo o lado, a mistura de chocolate voou e sujou o livro de receitas, o quente do forno... resultado: