Rio de Janeiro III

Ainda deu para subir no Pão de açúcar e sentir toda a beleza, emoção desta cidade. Só céu azul, nuvens, o mar imenso, o silêncio... Um paraíso mesmo por cima das maiores favelas do mundo.

A cidade fervilha, vive em tensão. Senti que a qualquer momento alguma “coisa” pode ou vai acontecer. E quando menos se espera pode acontecer mesmo.
Depois de passar uma manhã no Pão de Açúcar, completamente tranquila, fomos até à praia para nos despedirmos de Copacabana. Todos ao sol, a queimar a barriguinha completamente relaxados.... quando chega o Pedro a gritar “arrastão”!! ah?!
Nisto está uma brasileira também a berrar: arrastão!!!
A Madalena olha para mim, eu olho para o Rui, o Rui olha para o Pedro que já vinha a correr e a dizer para pegar nas coisas. Ok!
Eu continuo a pensar... arrastão?! Ninguém me ensinou este jogo. E agora o que se faz quando alguém grita arrastão?
Nisto estão centenas de pessoas já a correr em direcção ao calçadão, embora lá correr então...Cada um pegou no que tinha mais perto e começamos “discretamente” a subir para o calçadão. Um senhor que estava ao nosso lado que nos viu completamente aterrorizados é que nos disse que era falso alarme, para termos calma e continuar na praia, que não era nada... huummm!
Nós os 4 com as coisas todas na mão, de pernas abanar e com o coração a bater a 1000 a pensar, ficamos, bazamos...
Tudo bem, ficamos mais um pouco, só até conseguirmos recuperar as forças nas pernas.
Afinal não foi nenhum arrastão, foi só uma briga entre polícia e os vendedores ambulantes
Mas como o que é bom acaba rápido, chegava a hora de apanhar o ónibus para São José dos Campos. Buuááááááá!!

Um muito obrigado aos meninos do Rio que nos acolheram, esperamos por vocês aqui no campo!